A alimentação humana é influenciada por elementos culturais, econômicos, geográficos e comerciais. O ato de comer relaciona-se a fatores subjetivos como: gosto e desgosto, memórias gustativas, reprodução de padrões familiares e sociais; e a um critério prático: a renda pessoal ou familiar. Isto quer dizer 'o que uma pessoa come' é limitado pelo valor que determinados produtos têm no mercado, uma vez que seu valor restringe o acesso a um número significativo de pessoas. Os temas alimentação e saúde divergem em diferentes contextos e temporalidades. Saberes culinários são repassados de geração a geração assim como novas práticas são inseridas cotidianamente devido à praticidade do mundo contemporâneo. Nesta interação entre tradição e modernidade, percebe-se um “bombardeio” de informações na mídia sobre a alimentação, muitas vezes baseadas em dietas da moda e sem quaisquer evidências científicas. Assim, a Educação Alimentar é uma ferramenta imprescindível no ambiente para trazer à tona saberes populares salutares, permitindo o acesso a informações sobre bons hábitos de saúde, higiene, consumo, respeito ao corpo e compreensão do poder da mídia sobre moda e beleza respaldados por pesquisadores na área de educação e saúde. Esta proposta buscou, por meio lives e de uma cartilha virtual conscientizar os adolescentes quanto aos benefícios de uma alimentação saudável e prevenir transtornos alimentares, a exemplo de anorexia, bulimia, ortorexia e vigorexia. Temas como compulsão alimentar, gordofobia, saúde mental na adolescência foram abordados por psicólogos, educadores e nutricionistas a fim de melhorar a qualidade de vida dos partícipes por meio de informações seguras, ao estímulo a hábitos alimentares saudáveis e valorização de seu bem estar físico, mental e emocional por meio de questionamento sobre padrões de beleza estéticos ditados pela mídia. A cartilha ainda está em processo de construção mas será amplamente divulgada em dezembro de 2022.